quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

PPR’s – Novos tempos, velhos hábitos.



Um plano, qualquer plano de poupança, deve ser feito por uma década com o mealheiro de cada um, precavendo o futuro.

Quando fazemos um PPR a principal preocupação deve ser a garantia de não perder o património investido, olhando posteriormente para a sua rentabilidade.

Garantir o património investido é fundamental, embora a maioria ao realizar um PPR tome o património por salvo, não entendendo eu muito bem porquê.

Quem pode afirmar que Portugal vai permanecer no €uro em 2026?

Existe alguém com o mínimo de conhecimentos de economia que possa dar essa garantia? Julgo que não.

Se Portugal sair do €uro, todo o dinheiro investido em PPR’s sofrerá uma desvalorização brutal. Podemos juntar a isto todo o dinheiro investido em Portugal, em fundos ou em acções, é igual, as perdas serão sempre superiores a 50%.

O importante é garantir o capital! Esforço de uma vida, o resto é conversa.

Os bancos, todos os bancos, tem feito um esforço enorme em desviar as poupanças dos reformados para produtos com maior rentabilidade, visto que os depósitos não geram retorno.
A culpa é dos bancos sendo igualmente dos reformados. Estes habituados a um historial de rendimentos passados, nos PPR’s e nos depósitos, julgam que essa verdade é imutável.


A velha gananciosa


Na primeira semana do mês assisti na CGD, a uma história peculiar.

Uma senhora, aparentando mais de 70 primaveras desfrutadas da vida, com rugas próprias da idade, adoptava uma postura altiva e indignada. Com olho clínico, só possível a quem segue os últimos gritos da moda, esperando calmamente pela minha vez, prestava atenção acrescida aos acontecimentos.

Trajava o belo vestido roxo, que estava muito na moda quando eu comia papas e andava na cresce, acompanhado por um casaco de “penas e pelugem” cinzento, a bela malinha, sapato clássico e bengala, tentando contrariar a postura natural do corpo, que teimava em pender para os 160º.

A funcionária da CGD esmerava-se por falar o mais baixo possível, como é normal, a cliente meia surda é que deitava tudo a perder. O quê? Com perto de 200 mil, tenho de juros ±700€ por ano? Não pode ser! Isto é menos de 0.5%, não é nada!

Taxas de juro de 5% a 10 anos dá 50% e taxas de juro a 0.5% a 10 anos são 5%! Isto assim não pode ser! A velha era surda mas era boa a matemática.

Resolvi o meu assunto e sai da caixa com uma pergunta intrigante por resolver.

Para que quer uma senhora idosa aumentar um património de 200 mil? Não chega para viver o resto da vida confortavelmente?

Eu compreendo que pensar em 2026 é mais confortável com 300.000€ no bolso, é só sentar, relaxar e deixar que o tempo passe, com juros a 5% é garantido.

Concordo, mas valerá o risco de expor 200.000€ de património conquistado ao longo de uma vida?

Eu julgo que não! Tudo isto é apenas a ganancia e a iliteracia financeira a falar.

Para compor o ramalhete, a maioria destes reformados gananciosos, não é egoísta, o dinheiro que tentam a todo o custo aumentar não é para eles. É para os filhos e afins… Nos tempos que correm, deixar uma boa reserva financeira permite aos idosos, a todos eles, encarar a ultima fase da vida com maior conforto. Quando eu partir, os meus descendentes estão salvaguardados, pensam e assim ficam, com esta ideia que aconchega a alma.

É assim desde 2010/2011 quando lancei o 1º PPR que vence em 2021, seguro, fidedigno, e uma garantia que mais nenhum PPR a 10 anos pode oferecer.

A existirem perdas em 10 anos serão mínimas e inferiores a 10%, SEMPRE!




Cofre – o PPR de 2011


Corria o ano de 2011 quando iniciei o PPR, existindo duvidas sobre a viabilidade do país perante uma divida astronómica comecei a pensar sobre soluções para proteger o património. Julgava na altura que Portugal corria um risco sério de abandonar o €uro e a minha intenção era apenas proteger património existente. Tudo o que existe, existirá em 2021. Independentemente das decisões politicas. Entre conversas com amigos, familiares ou em PortugalBipolar.

Perante o problema a solução que achei mais conveniente era na maioria das vezes olhado como o extraterrestre.

A verdade é que todos tinham razão e eu estava completamente enganado. Portugal passados mais de 4 anos permanece no €uro.

O cofre custa entre 80€ a 90€ por ano permitindo armazenar todo o património familiar. Pode ser moeda nacional, estrangeira, joias, ouro, tudo.

A verdade é que eu estava errado, mas o dólar valorizou mais de 30%.
A verdade é que eu estava errado, mas o franco suíço valorizou 25%.
A verdade é que eu estava errado, mas a libra valorizou 20%.

A verdade é que quem protegeu património sem intenção de lucro investindo em (USD+CHF+GBP) está a ganhar mais de 5% ao ano e quem queria ganhar 5% ao ano e foi para o BES, BPN, BPP, BANIF e outros que tais perdeu todas as economias.

Agora querem que todos os contribuintes paguem os seus prejuízos, porque foram enganados, hilariante digo eu adjetivando suavemente.


Cofre – O PPR de 2016


Muito se falou em 2015 sobre os certificados de aforro ou do tesouro porque o estado paga sempre.

Portugal paga sempre é verdade, se sair do €uro paga em escudos, cada um que decida por si.
PortugalBipolar mantêm a opinião de 2011 é impossível permanecer no €uro e entendo que o património deve estar protegido. Extraterrestemente falando, sismo em considerar o cofre a opção mais viável.

Por teimosia certamente, não existe outra explicação até porque a nossa divida é gerível, diz quem sabe e acredita quem quer.

Eu proponho um novo exercício para os famosos 100.000€ (cada um depois multiplica ou divide consoante a sua capacidade financeira), falar de menos de 100 mil não são economias, são trocos para acorrer a percalços normais da vida.

Vamos lá então alugar o cofre e comprar 200.000DKK, os notas são das mais elegantes da €uropa, são igualmente a ultima ancora do €uro, foi sempre assim neste milénio, a nossa moeda sobe ou desce mas vale sempre os mesmos DKK, eu compro...

Agora respiramos fundo e no dia 30 de cada mês de 2016 vamos ao banco comprar Rublos, chegaremos ao final do ano com 1.2 milhões de Rublos no cofre e ± 10 mil €uros gastos a comprar moeda da Rússia, juntamos a isto os 26 mil €uros gastos a comprar DKK e já temos 35% do património protegido noutra moeda.

O Rublo será em 2016 o investimento mais seguro do mundo, basta aproveitar a desvalorização que comprando mensalmente a media será muito boa.

Fiquem descansados com o investimento, a Rússia é enorme e não vai acabar, vai erguer-se como sempre, basta olhar para a história.

Os restantes euros vão igualmente para o cofre até porque as novas regras europeias ditam que em caso de falência dos bancos os depositantes passam a contribuintes…Pois! ” Vai lá tu, que o pai não pode? Pode, pode!”.

Faltam mais 2 divisas, mas eu que certezas tenho poucas, sobre PPR’s vou confiar em mim e manter a atenção.


Depois falamos.

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