Um plano,
qualquer plano de poupança, deve ser feito por uma década com o mealheiro de
cada um, precavendo o futuro.
Quando
fazemos um PPR a principal preocupação deve ser a garantia de não perder o
património investido, olhando posteriormente para a sua rentabilidade.
Garantir o
património investido é fundamental, embora a maioria ao realizar um PPR tome o
património por salvo, não entendendo eu muito bem porquê.
Quem pode
afirmar que Portugal vai permanecer no €uro em 2026?
Existe
alguém com o mínimo de conhecimentos de economia que possa dar essa garantia?
Julgo que não.
Se Portugal
sair do €uro, todo o dinheiro investido em PPR’s sofrerá uma desvalorização
brutal. Podemos juntar a isto todo o dinheiro investido em Portugal, em fundos
ou em acções, é igual, as perdas serão sempre superiores a 50%.
O importante
é garantir o capital! Esforço de uma vida, o resto é conversa.
Os bancos,
todos os bancos, tem feito um esforço enorme em desviar as poupanças dos
reformados para produtos com maior rentabilidade, visto que os depósitos não
geram retorno.
A culpa é
dos bancos sendo igualmente dos reformados. Estes habituados a um historial de
rendimentos passados, nos PPR’s e nos depósitos, julgam que essa verdade é
imutável.
A velha gananciosa
Na primeira
semana do mês assisti na CGD, a uma história peculiar.
Uma senhora,
aparentando mais de 70 primaveras desfrutadas da vida, com rugas próprias da
idade, adoptava uma postura altiva e indignada. Com olho clínico, só possível a
quem segue os últimos gritos da moda, esperando calmamente pela minha vez,
prestava atenção acrescida aos acontecimentos.
Trajava o
belo vestido roxo, que estava muito na moda quando eu comia papas e andava na cresce,
acompanhado por um casaco de “penas e pelugem” cinzento, a bela malinha,
sapato clássico e bengala, tentando contrariar a postura natural do corpo, que
teimava em pender para os 160º.
A
funcionária da CGD esmerava-se por falar o mais baixo possível, como é normal,
a cliente meia surda é que deitava tudo a perder. O quê? Com perto de 200 mil,
tenho de juros ±700€ por ano? Não pode ser! Isto é menos de 0.5%, não é nada!
Taxas de
juro de 5% a 10 anos dá 50% e taxas de juro a 0.5% a 10 anos são 5%! Isto assim
não pode ser! A velha era surda mas era boa a matemática.
Resolvi o
meu assunto e sai da caixa com uma pergunta intrigante por resolver.
Para que quer
uma senhora idosa aumentar um património de 200 mil? Não chega para viver o
resto da vida confortavelmente?
Eu
compreendo que pensar em 2026 é mais confortável com 300.000€ no bolso, é só
sentar, relaxar e deixar que o tempo passe, com juros a 5% é garantido.
Concordo,
mas valerá o risco de expor 200.000€ de património conquistado ao longo de uma
vida?
Eu julgo que
não! Tudo isto é apenas a ganancia e a iliteracia financeira a falar.
Para compor
o ramalhete, a maioria destes reformados gananciosos, não é egoísta, o dinheiro
que tentam a todo o custo aumentar não é para eles. É para os filhos e afins…
Nos tempos que correm, deixar uma boa reserva financeira permite aos idosos, a
todos eles, encarar a ultima fase da vida com maior conforto. Quando eu partir,
os meus descendentes estão salvaguardados, pensam e assim ficam, com esta ideia
que aconchega a alma.
É assim
desde 2010/2011 quando lancei o 1º PPR que vence em 2021, seguro, fidedigno, e
uma garantia que mais nenhum PPR a 10 anos pode oferecer.
A existirem
perdas em 10 anos serão mínimas e inferiores a 10%, SEMPRE!
Cofre – o PPR de 2011
Corria o ano
de 2011 quando iniciei o PPR, existindo duvidas sobre a viabilidade do país
perante uma divida astronómica comecei a pensar sobre soluções para proteger o património.
Julgava na altura que Portugal corria um risco sério de abandonar o €uro e a
minha intenção era apenas proteger património existente. Tudo o que existe,
existirá em 2021. Independentemente das decisões politicas. Entre conversas com
amigos, familiares ou em PortugalBipolar.
Perante o
problema a solução que achei mais conveniente era na maioria das vezes olhado
como o extraterrestre.
A verdade é
que todos tinham razão e eu estava completamente enganado. Portugal passados
mais de 4 anos permanece no €uro.
O cofre
custa entre 80€ a 90€ por ano permitindo armazenar todo o património familiar. Pode
ser moeda nacional, estrangeira, joias, ouro, tudo.
A verdade é
que eu estava errado, mas o dólar valorizou mais de 30%.
A verdade é
que eu estava errado, mas o franco suíço valorizou 25%.
A verdade é
que eu estava errado, mas a libra valorizou 20%.
A verdade é
que quem protegeu património sem intenção de lucro investindo em (USD+CHF+GBP)
está a ganhar mais de 5% ao ano e quem queria ganhar 5% ao ano e foi para o
BES, BPN, BPP, BANIF e outros que tais perdeu todas as economias.
Agora querem
que todos os contribuintes paguem os seus prejuízos, porque foram enganados, hilariante
digo eu adjetivando suavemente.
Cofre – O PPR de 2016
Muito se
falou em 2015 sobre os certificados de aforro ou do tesouro porque o estado
paga sempre.
Portugal
paga sempre é verdade, se sair do €uro paga em escudos, cada um que decida por
si.
PortugalBipolar mantêm a opinião de 2011 é impossível permanecer no €uro e entendo que o património
deve estar protegido. Extraterrestemente falando, sismo em considerar o cofre a
opção mais viável.
Por teimosia
certamente, não existe outra explicação até porque a nossa divida é gerível,
diz quem sabe e acredita quem quer.
Eu proponho
um novo exercício para os famosos 100.000€ (cada um depois multiplica ou divide
consoante a sua capacidade financeira), falar de menos de 100 mil não são
economias, são trocos para acorrer a percalços normais da vida.
Vamos lá
então alugar o cofre e comprar 200.000DKK, os notas são das mais elegantes da €uropa, são igualmente a ultima ancora do €uro, foi sempre assim neste milénio, a nossa moeda sobe ou desce mas vale sempre os mesmos DKK, eu compro...
Agora
respiramos fundo e no dia 30 de cada mês de 2016 vamos ao banco comprar Rublos,
chegaremos ao final do ano com 1.2 milhões de Rublos no cofre e ± 10 mil €uros
gastos a comprar moeda da Rússia, juntamos a isto os 26 mil €uros gastos a
comprar DKK e já temos 35% do património protegido noutra moeda.
O Rublo será
em 2016 o investimento mais seguro do mundo, basta aproveitar a desvalorização
que comprando mensalmente a media será muito boa.
Fiquem
descansados com o investimento, a Rússia é enorme e não vai acabar, vai
erguer-se como sempre, basta olhar para a história.
Os restantes
euros vão igualmente para o cofre até porque as novas regras europeias ditam
que em caso de falência dos bancos os depositantes passam a contribuintes…Pois!
” Vai lá tu, que o pai não pode? Pode, pode!”.
Faltam mais
2 divisas, mas eu que certezas tenho poucas, sobre PPR’s vou confiar em mim e manter
a atenção.
Depois
falamos.
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