quinta-feira, 6 de março de 2014

Portugal - O Senhor dos Anéis - Hidrogénio, economia e mobilidade - Cap 45.


 
Para termos um Portugal competitivo, todas as formas de energia terão as mesmas oportunidades, sendo a escolha dos clientes e o mercado concorrencial a ditar o sucesso de uns ou de outros o governo deve legislar e sair do caminho, sem subsídios e sem grandes complicações.

Economia do Hidrogénio

O hidrogénio constitui 75% da massa elementar do Universo, embora abundante, tem que ser produzido Combinado faz parte de diversos compostos e abunda nos oceanos, formando parte da água. No gás natural aparece combinado com o carbono.
O Sol é composto por 50% de hidrogénio.

O hidrogénio tem a mais alta energia por unidade de peso comparado com qualquer combustível, uma vez que o hidrogénio é o elemento mais leve e o mais simples na periódica de Mendeleiev.

O hidrogénio puro obtém-se industrialmente através de:

1.       Redução de água com carbono (Refinarias).

2.       Extração de hidrogénio do gás natural.

3.       Em Laboratório, prepara-se quase exclusivamente com zinco (Zn) + ácido clorídrico diluído (HCl).

4.       Eletrólise da água - 2 H 2 O + electricidade = 2 H 2 + O2 (Centrais Hidroeléctricas).

5.       Gaseificação de biomassa e pirólises – (carvão queimando sem chama e hidrogénio libertado a partir de moléculas de glicose a madeira e o papel são constituídos por celulose, que é um polímero da glicose, sendo eventualmente possível, o uso destas enzimas para produzir hidrogénio de pedaços de madeira e aparas e de papel usado. A produção de hidrogénio com este método pode ser o resultado da alta temperatura que o gaseifica, bem como das pirólises de baixa temperatura resultantes da biomassa (resíduos de aglomerados, madeira, mato da limpeza das florestas, resíduos agrícolas, etc...). 

A proposta portuguesa é permitir que a economia de Hidrogénio tenha as mesmas vantagens que qualquer outra parte integrante de Portugal– O Senhor dos Anéis nomeadamente (IRC de 10% +3%).

Será privilegiada toda a produção de hidrogénio que não liberte CO2 para a atmosfera.

Ao contrário da estratégia E-mobile, de custo elevado e utilidade duvidosa a nova aposta vai passar por nichos, onde a centralização dos equipamentos reduz substancialmente os custos de distribuição.
 
1.      Carris /STCP/Rodoviária e restantes Transportes Rodoviários – Com ou sem privatização até 2016 - É obrigatória a substituição de 50% da frota, por transportes não poluentes (Baterias/Hidrogénio Mistos ou outros).

2.      Transportes de passageiros e passeios turísticos em Lisboa; Região do Douro; Alqueva e Algarve – Com ou sem privatização até 2016 - É obrigatória a substituição de 50% da frota, por transportes não poluentes (Baterias/Hidrogénio Mistos ou outros).

3.      Ilhas – Produção local de hidrogénio permitindo a substituição da frota automóvel por carros elétricos ou movidos a hidrogénio, passando os combustíveis fósseis a reflectir o custo efectivo de produção no continente, mais custos de transporte, tornando o preço por litro insuportável para a maioria.

4.      Campos de Golfe - É obrigatória a substituição de TODA a frota  por transportes não poluentes (Baterias/Hidrogénio Mistos ou outros).

5.      Armazéns de distribuição com transporte de mercadorias em empilhadores.

 A produção de hidrogénio já existe nas refinarias da Galp em Sines e Matozinhos com sequestro de CO2, pois tanto o CO2 como o H2 são matérias-primas necessárias à transformação do crude.

Existindo mercado a Galp não terá problemas em fornecer Hidrogénio mas devemos igualmente aproveitar as barragens e os seus descarregadores para que parte da água seja transformada através da hidrólise separando as moléculas de água em Oxigénio e Hidrogénio, aprisionando-os para posterior comercialização.

A hidrólise é tido como um processo caro, mas pelo que apurei são necessários 4.8 KWh para fabricar 1m³ de Hidrogénio fabricando igualmente ± 0.50 m³ de Oxigénio.
1m³ de Hidrogénio = 0.09kg, portanto para produzir 1 kg de Hidrogénio serão necessários 53.33KWh.

Devido à aposta desproporcionada que Portugal fez na energia Eólica, de noite, principalmente no Inverno existe electricidade a ser vendida no mercado Ibérico a preços inferiores a 10€/MWh que levaria o custo de produção base para produção de 1kg de Hidrogénio gastando 0.53€ de energia, mesmo com preços de 70€ MWh (preço hora de ponta) produzir 1kg de hidrogénio custa 3.73€ de energia e teríamos sempre a possibilidade de comercializar o Oxigénio ou liberta-lo para a atmosfera melhorando o ar que se respira no país!
1 kg Hidrogénio é igual a 2.8 kg de Gasolina ou 3.73 litros e neste momento ter 3.73 litros de gasolina por 3.73€ seria um sonho, sonho que o Hidrogénio pode tornar realidade.
Se a utilização de hidrogénio nas nossas ilhas trará independência energética e redução de custos em combustíveis, em Portugal continental, as nossas principais cidades, através das empresas de transporte, funcionarão como “ilhas” na implementação de uma economia que tem no Hidrogénio, um parceiro incontornável.

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