terça-feira, 11 de janeiro de 2011

The Shift. A mudança



Inspirada pelos dias que correm, de início de ano, dei por mim outro a dia a pensar que contados mais 365 dias e 38 primaveras, sim… estou diferente.
Diferente de mim mesma. Não no todo, mas em partes!
Foi lá para meados de 2004 que ela começou a chegar… devagarinho, sem anúncio prévio: A mudança.
1º filho, novos instintos. Maternais, bem se vê J. Novas Responsabilidades. Novas Forças.
Depois, desempregada de outrem, de um trabalho que me valeu 10 anos de boa vida, novo shift: trabalhar por conta própria.
E aqui sim, tenho de deixar a todos os que actualmente têm emprego uma certeza. Há coisas que só nos apercebemos quando as sentimos na pele ou na conta…
Ter um negócio é ter um sonho que tornamos real. À nossa medida e imagem. É ter liberdade para e responsabilidade de.
Ter empregados, por ex., é ter proveito mas é ter despesas… salários + segurança social + subsídios…
Quando os tempos e os negócios vão bem é uma coisa, quando a incerteza é a constante … é outra.
Então, como despedir também sai caro e é preciso pedir licença para tirar da minha própria empresa um funcionário que não me serve, o que acontece? Viva a precariedade dos recibos verdes… que aliás estão cada vez mais precários!
Parece-me mal, sim senhor, que uma pessoa em 1000€ receba 575€! A questão é que soluções são então deixadas às microempresas, com necessidades temporárias de pessoal? e aos trabalhadores independentes?
Actualmente, com as perspectivas para este novo ano, novos desafios se levantam. Para mim. Para todos.
Uns partem em busca do el dorado, outros teimosamente ficam.
Aprendi. A fazer o que gosto e o que não gosto. A contrariar inércia e desalento. A "bombar" auto-motivação.
Estou menos tolerante ao fútil, inútil. Estou mais ciente da preciosidade de um bom amigo.
Aprecio muito melhor o menos que tenho. E, sendo feliz, não posso deixar de reconhecer esta frustração latente ao olhar para o estado do meu país.
De qualquer forma, Para a frente é que é caminho!
E em jeito de mosqueteiros era bom que nos uníssemos, não por um qualquer europeu de futebol, mas por uma nação que é a nossa.
Bora lá 2011 J
SXavier.

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bom Sofia e é isso mesmo. Não demorou assim tanto a dares valor ao que realmente interessa, afinal pessoas passam uma vida toda a tentar serem felizes ou no passado ou no futuro e esquecendo por completo que só no agora, só no presente conseguem ser e fazer os outros felizes. Eu vou tentando arduamente ser e fazer quem me rodeia minimente feliz. É tão difici... constantemente os meus pensamentos fogem para falar mal ou julgar o próximo e enquanto o fizer ...